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Publicada: 21/03/2012

Região Norte contabiliza perdas no milho 32711m

quarta-feira, 21 de março de 2012

Segundo os dados divulgados pela Emater/RS Ascar, a partir dos novos números da safra de grãos 2011/2012, considerando as informações de 360 escritórios municipais, cobrindo 90% da área cultivada com milho e 87% com soja, municípios da região contabilizam suas perdas e apontam os déficits econômicos com relação ao cereal. Para o presidente da Emater/RS, Lino De David, em recente entrevista, em relação aos números da safra e das perdas, o impacto vai além das macroculturas. “O problema não termina quando acaba a seca”, pois, além da perda de peso dos animais, da falta de água para o abastecimento e a irrigação de hortigranjeiros e frutas, há necessidade de saldar as dívidas dos créditos e financiamentos. “Precisamos estar atentos, pois o problema do agricultor não termina quando começa a chover”, disse De David.
A estiagem e seus possíveis desdobramentos econômicos e sociais geraram apreensão na sociedade gaúcha, em razão da importância do setor agrícola para a economia do Estado e da região, multiplicaram-se tentativas de mensurar o ‘tamanho do estrago’ oriundo da seca. Adicionalmente, há um conjunto de encadeamentos da agropecuária com os setores industriais e de serviços que é de difícil estimação, como por exemplo, os efeitos indiretos em outros setores, até o aumento no custo de vida da população. Entretanto, apesar dessas dificuldades, já se pode antever que o desempenho do PIB Estadual será, muito provavelmente, inferior ao de 2012.
As perdas de mais de R$ 5 bilhões nesta safra, comparadas com as da safra ada, e de pouco mais de 3,6 bilhões, calculadas a partir da média história dos últimos 10 anos, “não geram um impacto muito negativo para a economia gaúcha, já que o PIB agropecuário do Rio Grande do Sul é de cerca de R$ 280 bilhões”, avalia o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan.
A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, FARSUL, em seu último levantamento, datado de fevereiro de 2012, aponta que o Estado contabiliza um déficit variável de 55% na produção de milho, totalizando apenas 2.699.678 toneladas de uma produção esperada de 5.955.150 toneladas.
Segunda a FARSUL, nos municípios da 6ª região, composta por Arvorezinha, Colorado Erechim, Espumoso, Fontoura Xavier, Getúlio Vargas, Marau, Não-Me-Toque, Nonoai, Paim Filho, o Fundo, Salto do Jacuí, Sananduva, São José do Ouro, Sertão, Soledade, Tapera e Tapejara contabilizam uma perda no valor bruto de produção de 54%, totalizando R$ 333.012.498,00 na produção desta região.
No município de Carazinho, com o registro de 80% em perdas na produção de milho, onde foram plantados 9 mil hectares, foi registrado um déficit de R$ 14.976.000,00. Já na cultura da soja, R$ 26.973 milhões são estimados de perda na economia, com uma estimativa de 40% de perda na produção.
Em São Antônio do Planalto, foram plantados 3,8 mil hectares, e segundo a Secretaria de Agricultura do município, foi contabilizado aproximadamente R$ 7 milhões com o registro de 40% de perda na produção do cereal.
Segundo o Escritório Municipal da Emater de Chapada, o impacto econômico da estiagem no município está previsto como 50% de perdas, quando o Produto Interno Bruto (PIB) está avaliado em R$ 201.744.000,00. As perdas com a produção de milho no município am dos 80% totalizando mais de R$ 28.058.400,00 em perdas. Para a área de 9 mil hectares de plantada com o cereal, estimava-se uma produtividade média de 2.400kg.

Fonte: Diário da Manhã.