Publicada: 18/01/2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Os agricultores do Rio Grande do Sul que comercializaram a safra com antecedência estão preocupados em cumprir os contratos. A seca pode causar falta de grãos no mercado.
O agricultor Elói Zanatta tinha 30% da lavoura comercializada quando plantou 600 hectares de soja, em o Fundo, no norte do estado. Agora, o produtor teme não ter o produto para entregar.
Com a alta do dólar e a boa cotação da soja, em setembro do ano ado, muitos agricultores fecharam contratos antecipadamente para ter maior ganho.
“Todo o setor está considerando que estamos no limite de falta de chuva em que registra uma quebra que seria o máximo do aceitável para que o setor não cause maiores danos à economia”, avalia Cléber Bordignon, diretor de corretora.
O cerealista Vítor Marasca, de Cruz Alta, no noroeste do estado, aguarda receber 200 toneladas de soja. “A apreensão está na cabeça de todos nós e do produtor principalmente”, diz.
Se a lavoura não render o que está previsto nos contratos, os agricultores terão que negociar. Para isso, devem apresentar um documento que registra as perdas.
Segundo as empresas que compram os grãos, 35% da safra gaúcha de soja foi comercializada antecipadamente.